Banda de Música Santa Cecília

Tudo começou entre os anos de 1860 e 1870, quando Resende Costa ainda era o distrito de Arraial da Lage. Segundo José Augusto de Rezende, primeiro diretor da Escola Estadual Assis Resende, em seu "Livro de Pallidas Reminiscencias da antiga Lage - hoje - Villa de Rezende Costa", escrito em 1920, com a vinda do professor Francisco Rangel, uma banda de música foi criada.

Esta banda não tem nome mencionado no livro, mas, ela ficou de pé até o ano de 1901, quando Francisco Rangel faleceu. Não se sabe ao certo, mas possivelmente a banda foi revitalizada por Cristóvão Gonçalves Pinto, alguns anos depois, já com o nome de Banda de Música Santa Cecília. A sua presença na emancipação político-administrativa de Resende Costa, dia 2 de junho de 1912, é citada no livro de José Augusto de Resende, executando "diversas peças de seu repertório", sob a regência de Cristóvão. Como se pode constatar no arquivo da Banda, nenhuma partitura do princípio do século XX sobrou, talvez porque tenha se deteriorado, ou porque foram levadas do arquivo.

Cristóvão também era compositor e também viveu nas cidades de Carandaí e São João Del Rei. Deixando, nos arquivos de algumas corporações da região, missas, "Te Deum", marchas fúnebres, marchas festivas etc. Depois de Cristóvão, vários membros da Banda e maestros contratados assumiram a regência, tais como: Agostinho Matheus de Assis, Joaquim Pinto Lara (Seu "Quinzinho" Lara), João Augusto dos Reis, Januário do Carmo Reis, Geraldo Sebastião Chaves, Adilson Alves, Antônio de Pádua Bernardes, Mauro André dos Santos e João Tomás Silvério.

A partir da década de 1980, a Banda ficou subordinada À Associação de Músicos Amadores de Resende Costa (AMARC) e tem apoio principal da Prefeitura de Resende Costa para salário do regente, sede e verbas para compra de instrumentos e uniformes, sem contar o transporte para festivais de bandas em cidades do Campo das Vertentes.

Com a formação de novos músicos, a Banda de Música Santa Cecília perpetua seu trabalho ao longo dos anos, conservando esta tradição que não podemos deixar que acabe.