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Abgar Campos Tirado

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Nasceu em São João del-Rei. Seu primeiro contato com o piano foi aos cinco anos de idade, tocando de ouvido uma melodia que ouviu no jardim de infância. A partir daí, tocava de ouvido, ou decorava músicas em arranjos feitos especialmente para ele por sua mãe, pianista experiente. Assim era comum se apresentar em reuniões e festas familiares, ou na rádio local.

Aos nove anos passeou a ter aulas de piano e de teoria básica com a professora Nilce Cavalcante. Aos onze anos, ingressando como cantor no coral do Ginásio Santo Antônio, se entusiasmou muito com essa prática, sendo muitas vezes solista, sob a regência de muito competente mestre de coro, o holandês frei Geraldo de Reuver. Embora não abandonasse de todo o piano, não tinha mais aulas, uma vez que sua professora se mudara com a família para Belo Horizonte. Aos doze anos de idade, convidado a passar as férias em uma fazenda dos padres Jesuítas, no Estado do Rio de Janeiro, teve a honra de conhecer e de receber alguma orientação pianística do compositor e regente catalão, reconhecido internacionalmente, padre Antonio Massana, que fora aluno de Enrique Granados. Retornando a São João del-Rei, para o prosseguimento dos estudos ginasiais, permaneceu no coral do ginásio, dedicando-se relativamente pouco ao piano, apenas com alguma orientação esporádica de minha mãe. Ainda, aos doze anos, compos sua primeira melodia, também com letra.

O seu gosto pela música ia gradativamente crescendo e, praticamente sozinho, ia conseguindo grande progresso. Aos quinze para dezesseis anos se entusiasmou a composição, passando, então, a compor para piano (Fantasia no. 1, em 3 movimentos; Fantasia no. 2 em 4 movimentos); se orientavam, na forma, pela obra de grandes compositores, seus verdadeiros mestres na área. Ao completar dezesseis anos, ele estava no auge do gosto pelo piano e pela composição e, de modo especial, fascinado por Beethoven. Entretanto, teve de sair de São João del-Rei, para fazer o então chamado Curso Científico. Fez a primeira série em Ouro Preto, no Colégio Arquidiocesano, onde logo se tornou harmonista de seu coro, colégio esse, de cujo hino seria o autor, muitos anos depois. Transferido no ano seguinte para Belo Horizonte, ali cursou a segunda e a terceira série do supracitado curso, no Colégio Santo Antônio, sempre com ardente gosto e entusiasmo pela música, praticando diariamente o piano em casa de parentes, acredita ter sido o período de seu maior progresso. Tendo ingressado como sócio na Cultura Artística daquela cidade, pode ouvir grandes músicos internacionais, com os quais, simplesmente ao ouvi-los e observá-los aprendia muito. Entre esses notáveis artistas estava a pianista Magdalena Tagliaferro, que, anos depois, viria a ser uma grande e querida amiga dele. Naquela época, em Belo Horizonte, em promoção do Colégio, tocou duas vezes em público, a primeira no próprio colégio, a Valsa no. 7 de Chopin; e a segunda, no principal teatro da cidade, a Chanson Joyeuse de Ravina. Mas seu desejo então era voltar para sua cidade e prestar exame para uma série avançada do Conservatório e tornar-se aluno de uma professora e pianista conterrânea, a quem muito admirava: Mercês Bini Couto. E foi o que aconteceu. Passou um ano totalmente dedicado ao estudo no Conservatório, sendo que, continuando embora seus estudos na referida escola, prestou vestibular para o Curso de Letras Anglo-Germânicas, na Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras, salesiana, unindo o curso de Letras ao de Música. Ali também atuou em apresentações musicais. Sentindo, porém, que o curso formal do conservatório limitava muito, face à rigidez dos programas obrigatórios e, como seu objetivo, era o próprio desenvolvimento musical e não uma carreira acadêmica, após conversar com Venício Mancini, pianista de formação internacional, decidiu deixar o Conservatório e se tornar seu aluno, o que foi feito. Antes de começar o curso com o citado pianista e professor, teve a oportunidade de atuar como solista, no Teatro Municipal, na audição de estreia da Fantasia Livre sobre Melodias Brasileiras, para piano e orquestra do compositor Nilo Weber, sob a regência do mesmo, com a orquestra da Sociedade de Concerto Sinfônicos. A cadenza foi de sua autoria. Naquele mesmo ano, aos 21 anos de idade, iniciou sua intensa vida profissional como professor de Letras em Colégios, continuando com entusiasmo a dedicar-se ao piano e à composição musical, o que ocorre até hoje.

A produção composicional de Abgar Campos Tirado é formada por um conjunto variado de obras incluindo, até o momento: 6 peças para piano solo; 1 peça para dois pianos; 8 peças para duos de câmera; 1 trio de câmera; 10 peças para canto e piano; 2 peças para coro a duas vozes; 3 peças para coro uníssono com acompanhamento de teclado; 7 peças para coro a quatro vozes a capella; 1 peça para coro a quatro vozes e pequena orquestra; 2 peças para solista, coro a quatro vozes e orquestra; 3 peças para coro a quatro vozes e orquestra; e 18 Hinos para coro uníssono com acompanhamento de teclado.

Informações do artista

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